SÁVIO SOARES

Cinema e música.

“Esqueci no piano as bobagens de amor que eu iria dizer…” Tom Jobim, no samba-canção “Lígia”, 1976…

15/07/2012 Posted by | Uncategorized | , , | 2 Comentários

Lembrando Heitor Villa-Lobos (1887-1959)…

Trata-se de um gênio em quase todas as formas musicais. Para o piano deixou uma grande quantidade de obras, inconfundíveis nos ritmos, harmonias, timbres, técnicvas e efeitos sonoros. As inspirações foram das mais variadas: temas infantis (A prole do bebê), temas indígenas (Danças dos índios mestiços), folclóricas (Cirandas, Guia prático), em linguagem contemporânea (Rudepoema, dedicado a Arthur Rubinstein) e até temas seresteiros (Impressões seresteiras).

Obras exemplares são Bachianas brasileiras n. 4, que o compositor transcreveu para orquestra, e o Ciclo brasileiro. Para piano e orquestra, escreveu, entre outras obras, o Choros n. 11 e as Bachianas brtasileiras n. 3, além de cinco concertos. Não obstante as severas críticas, Villa-Lobos alcançou grande reconhecimento em nível nacional e internacional. Entre os títulos mais importantes que recebeu, está o de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nova York e o de fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Música. O maestro foi retratado nos filmes Bachianas Brasileiras: Meu nome é Villa- Lobos (1979), O Mandarim (1995) e  Villa-Lobos – Uma Vida de Paixão (2000), além de aparecer pessoalmente no filme da Disney, “Alô Amigos” (1940), ao lado do próprio Walt Disney.

Em 1922 Villa-Lobos participa da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. No ano seguinte embarca para Europa, regressando ao Brasil em 1924. Viaja novamente para a Europa em 1927, financiado pelo milionário carioca Carlos Guinle. Desta segunda viagem retorna em 1930, quando realiza turnê por sessenta e seis cidades. Realiza também nesse ano a ” Cruzada do Canto Orfeônico” no Rio de Janeiro. O impacto internacional dessa obra fez-se sentir especialmente na França e Estados Unidos, como verificou-se pelo editorial que o The New York Times dedicou-lhe no dia seguinte a sua morte.

Faleceu em 17 de novembro de 1959, aos 72 anos de idade. Em 1960, o governo do Brasil criou o Museu Villa-Lobos na cidade do Rio de Janeiro. Infelizmente Villa-Lobos ainda não foi reconhecido o quanto merece dentro de seu próprio país. Tom Jobim, seu amigo e grande fã, sofreu bastante por aqui, obtendo a “unanimidade” quando já tinha partido dessa para melhor. Assim como ocorreu ao maestro Tom Jobim, o Brasil ainda deve muito a Heitor Villa-Lobos.

15/07/2012 Posted by | Uncategorized | | 2 Comentários