SÁVIO SOARES

Cinema e música.

Hello Detroit – Caramba! Sammy Davis Jr é insuperável nesta bela canção.

Sammy cantava, dançava, imitava – resumindo: era um showman. Quando impôs a sua voz, sem imitações, obteve o seu espaço. No início gostava de imitar o amigo e ídolo Frank Sinatra (o que não tinha nada de tolice), inclusive recebeu conselhos do amigo Frank para seguir uma estrada própria. Seguiu as dicas preciosas do mestre e  foi em frente, rumo ao sucesso.

Vida louca. Turbulenta. Mas no palco (na verdade, o que importava aos fãs) era sensacional. Grande Sammy.

30/07/2010 Posted by | Uncategorized | | 2 Comentários

Doria Day – Você acha que poderia ser chamada de loura burra?

Jamais… Além dos belos atributos físicos (que pernas!) tinha talento de sobra para interpretar e soltar a voz.

Duvida? Então, observe e ouça.

30/07/2010 Posted by | Uncategorized | | 2 Comentários

Tom Jobim – Pois é. Até o nosso genial compositor penou por aqui…

Para o Tom Jobim ser reconhecido no Brasil teve que trabalhar herculeamente. No ótimo livro do Mario de Almeida, “Antonio’s – Caleidoscópio de um Bar” (Editora Record), o escritor Carlinhos de Oliveira nos conta em sua crônica “Quem avisa amigo é” (publicada no Jornal do Brasil em 03 de outubro de 1968) a humilhação do Tom Jobim ao sofrer vaias em pleno Rio de Janeiro.

 

Poucas pessoas podem avaliar como terá sido duro, para Antonio Carlos Jobim, ser recebido com vaias no Maracanãzinho. O primeiro pensamento dele deve ter sido este: “Talvez João Gilberto tenha razão. Talvez o negócio seja escolher o exílio voluntário nos Estados Unidos.”

 Essa foi a primeira e menos grave injustiça do público. Tom Jobim nos prefere a todos – a nós brasileiros, ao clima e ao espírito carioca; por nós, para estar perto de nós, ele perde todos os dias um bocado de dólares.

 A segunda injustiça chega a ser pueril, diante da personalidade a que se dirige. Não há vaia que tire de Tom o título de maior compositor do Brasileiro desde Villa-Lobos. Nenhuma indiferença ou contestação violenta impedirá que ele seja responsável por tudo o que se faz de melhor em matéria de música brasileira, nem que tenha erguido a letra de música à categoria de poema (no sentido exato), ao libertar um grande poeta, Vinicius de Moraes, da solidão dos livros.

 Tudo isso ninguém vai tirar nem mudar. Como dizia Ibrahim Sued: “Os cães ladram e a caravana passa.”

Mas o que dói é ver nosso amigo Tom passar por cima da sua grande timidez para ser recebido daquela forma. O que dói é termos visto o maestro Antonio Carlos Jobim, numa noite memorável no Teatro Toneleros, aparecer encabulado como um principiante para receber uma consagração a que já deveria estar acostumado. Diante de um público de primeira categoria ele se comportava assim, agora imaginem com quanta dificuldade se encaminhou à passarela do Maracanãzinho, colocada diante da multidão heterogênea, apaixonada, imprevisível e em grande parte já seduzida por outros concorrentes.

 Nós fizemos esse papelão em presença de compositores e cantores estrangeiros. Que pensarão de nós? “Que gente ingrata!”, pensarão eles.

 Os jornais informam que Chico Buarque de Holanda vai interromper sua excursão européia para receber novas vaias e aplausos, sábado que vem, ao lado do Tom. Seria muito bom. Chico é muito mais safadinho que o seu parceiro, imensamente mais audacioso. Ele teve coragem de escrever “a sabiá” em vez de “o sabiá”. De Roma, pelo telefone (segundo Nelsinho Motta), ele quis saber se o pessoal havia vaiado sentado ou em pé. Responderam que o negócio foi em pé. “Ótimo”, disse Chico. “O Carlos Imperial deve estar morrendo de inveja” (Carlos Imperial acha que uma vaia ou uma acusação de plágio são excelentes estímulos publicitários.)

 Mas não há de ser nada. Sábado que vem nós vamos à forra. O Antonio’s inteirinho seguirá em caravana para o Maracanãzinho, cada qual com sua lata de cerveja dinamarquesa. Vai Vinícius, vai Manolo, vai Rubem, Florentino não falta e Leila Diniz também não. Levaremos faixas, um bumbo e, se duvidarem, meia dúzia de granadas na mão. O pau vai quebrar, minha gente. Quem avisa amigo é.

 

Pois é, meus amigos, o Tom Jobim estava certo quando dizia que o Brasil não é para principiantes.

29/07/2010 Posted by | Uncategorized | | 2 Comentários

Jayne Mansfield tinha tudo para voar alto. Ainda jovem, teve uma morte trágica.

Símbolo sexual e rainha das manchetes escandalosas, Jayne era, realmente, uma grande mulher, que extravasava amor maternal. Dulce Damasceno de Brito

 

 Nada que intimide o mito Sofia Loren, mas, pela foto, que ela sentiu uma pontinha de inveja, sentiu. A foto é reveladora, não que Sofia Loren tivesse atributos menores que a loura Jayne Mansfield, mas, na foto, Sofia parece impressionada com a colega.

 Nessa época, Jayne Mansfield estava vivendo um bom momento. Apesar da missão impossível – foi lançada para fazer frente a Marilyn Monroe – a loira chamava a atenção em Hollywood não tanto pelo seu busto, mas por levar seus filhos aonde quer que fosse.

Tinha algo de exótico e sensual: além do belíssimo corpo, gostava de se exibir perante as câmeras, tinha uma bela mansão toda em cor de rosa e a cama em que dormia era em forma de coração – excentricidades comuns em estrelas que alçavam o estrelato através de um belo corpo – fato corriqueiro em Hollywood.

 

A bela atriz morreu jovem. No dia 29 de junho de 1967, em uma estrada que a levava de Biloxi, Mississipi, a New orleans, Louisiana, Jayne Mansfield teve uma das mais trágicas mortes: foi decapitada, quando o carro em que viajava tentou ultrapassar um caminhão de reboque e chocou-se violentamente na traseira do mesmo. Ao seu lado, como era de costume, estava suas crianças, felizmente no banco de trás, nada de grave sofreram a não ser a perda irrecuperável da dedicada mãe. Além de Jayne, morreram o seu chofer e o noivo. Mas os enfermeiros se chocaram com estado em que encontraram Jayne: o seu belo corpo estava de um lado e sua cabeça ensangüentada, atirada à grande distância. Tinha apenas 34 anos.

 

Acho que havia chegado a sua hora. É impressionante como determinados acidentes acontecem e, apesar do grande número de envolvidos, atingem apenas uma ou poucas pessoas. Fatos trágicos que alguns chamam de destino.

26/07/2010 Posted by | Uncategorized | | 4 Comentários

“Não entro para clubes que me aceitam como sócio” – Groucho Marx

A palavra era sua grande arma e chegava de forma irônica e mordaz. Groucho é de um tempo em que o humor tinha inteligência e classe. (lembram do nosso Chico Anisyo em apresentações ao vivo?) As frases geniais de Groucho Marx eram escritas por ele mesmo e até hoje são citadas por comediantes.

“O mundo seria um lugar muito bem melhor para as crianças se os pais fossem obrigados a comer o espinafre.” Groucho Marx

Um fã o encontrou e disse, entusiasmado: “Groucho Marx, que prazer em conhecê-lo!”

Groucho, mordaz, respondeu: “Conheço Groucho Marx há muitos anos e posso garantir que não é prazer nenhum.”

Uma indiscreta repórter perguntou ao idoso Groucho: “Como o senhor gostaria de ser lembrado?”

Ele disse: “Vivo. E, se isso não for possível, morto.”

 

Groucho Marx fez treze filmes com os seus irmãos Chico, Harpo, Zeppo e Gummo e, quando morreu em 1977 aos 87, vivia um casamento tumultuado ( que durou sete anos, até a sua morte) com uma golpista chamada Erin Flemming,  que o roubou à vontade e, dizem os livros, com direito a surras e maus-tratos.

23/07/2010 Posted by | Uncategorized | | Deixe um comentário

A “vamp” no cinema.

O vocábulo “Vamp”, na linguagem do cinema quer dizer “mulher fatal” – o oposto das estrelas boazinhas e ingênuas. “A Fool There Was” (1915) foi o primeiro filme a mostrar uma “mulher cruel” e foi inspirado no poema “The Vampire”, do escritor  Rudyard Kipling. Na verdade, o filme foi uma adaptação (com o mesmo título) de uma peça teatral.

 

A atriz Theda Bara (anagrama de Arab Death, que quer dizer “morte árabe”) foi a precursora da escola de vamps do cinema. A escolha do nome artístico foi intencional: uma “armação” objetivando envolver a figura da artista na lenda que era filha do amor proibido de um pintor francês e uma princesa egípcia. Tudo conversa fiada, pois o verdadeiro nome da atriz era Theodosia Bara (Theodosia???)

 

Theda Bara – A primeira vamp do cinema

 Segundo o escritor George Sadoul no seu livro “História do Cinema Mundial”, o termo “vamp” foi criado pelos cineastas dinamarqueses, principalmente nos filmes de August Blom (mas sem a denominação “vamp”), um dos grandes cineastas dinamarquês. Mas por lá, nenhuma estrela vamp se destacou tanto para merecer esse título – uma das razões que considero o cinema americano imbatível: “pega” a idéia e a transforma de uma maneira tão genial que esquecemos quem foi o verdadeiro criador.

 

Prefiro as vamps ao estilo boazinha e ingênua – Observe como a Madrasta má é bem mais interessante que a Branca de Neve

21/07/2010 Posted by | Uncategorized | | Deixe um comentário

Três filmes românticos que não podem faltar na sua coleção.

Quando se trata de filmes românticos, mesmo os rudes, os rústicos e os empedernidos, que torcem o rosto para o gênero, abrem uma exceção pelo menos para um desses clássicos. Não precisa ser um cinéfilo ou especialista. São histórias que todos sabem o final, mas são bem dirigidas, com canções inesquecíveis e um elenco estelar. Na verdade, são três filmes que já foram exaustivamente copiados, mas são imperdíveis para quem gosta da sétima arte.

 “Suplício de Uma Saudade” (Love Is a Many Splendored Thing – 1955)

 “O amor é o modo que a natureza nos dá como uma razão para viver.” (trecho da letra de “Love Is a Many Splendored Thing”)

A belíssima canção na voz de Andy Williams

 Filmado em Hong Kong e com uma belíssima fotografia. Durante a Guerra da Coréia um correspondente americano (interpretado pelo astro William Holden) e uma eurasiana (a atriz classuda Jennifer Jones) se apaixonam e enfrentam problemas culturais à medida que a paixão aumenta.

 

Hoje em dia tais problemas seriam banais, mas na época causavam polêmica. Há cenas antológicas que marcaram o cinema romântico do século 20, sempre marcadas pelo tema musical que ganhou o Oscar em 1955 de melhor trilha sonora e melhor canção original. 

“Melodia Imortal” (The Eddy Duchin Story – 1956)

 

 A época de ouro das grandes orquestras é retratada fielmente e com todo o glamour das grandes festas aristocráticas de Nova York. Tyrone Power (brilhante!) interpreta o pianista Eddy Duchin (este pianista realmente existiu) que se apaixona pela milionária Marjorie Oelrichs (a atriz loura Kim Novak) que o ensina que o amor – não o dinheiro – traz a felicidade.

 Mas tão logo a felicidade chega, se vai, tirando a vida de sua amada e deixando Eddy com o filho recém-nascido e, pensa ele, sem razão para viver. Porém, o pianista fará de tudo para reconquistá-lo – Daí surgirem cenas emocionantes e uma interpretação à altura do grande Tyrone Power.

A sensacional “You’re My Everyhing” com a pianista Carmen Cavallaro.  

Trata-se de um raro filme com belas cenas, interpretações e as inesquecíveis canções de Cole Porter, George Gershwin, Frederic Chopin e Hammerstein.

 “Tarde Demais Para Esquecer” (An Affair to Remember – 1957)

 Talvez, quando se trata de filme romântico, este seja um dos mais copiados do cinema no século 20. A famosa cena no Empire State Building, o charme do par romântico (Cary Grant e Déborah Kerr) e o humor chique que lhes era peculiar (mesmo fora das telas) transformam este clássico num filme fascinante.

 

A canção original do filme é um caso à parte: “An Affair to Remember”. Tem uma cena especial: Quando a tia do milionário vivido por Cary Grant se despede do sobrinho querido tocando ao piano a bela canção. É de arrepiar.

 

A belíssima canção na voz de Vic Damone.

 O filme recebeu quatro indicações ao Oscar: fotografia, figurino, trilha sonora e melhor música. Na época a concorrência era barra pesada, mas se fosse hoje em dia teria ganhado os quatro prêmios da Academia, tranquilamente.

16/07/2010 Posted by | Uncategorized | | 2 Comentários

A Marilyn Monroe está chamando você, lá na piscina…

Sonha Alice

Marilyn em seus momentos mais ousados no cinema (o vídeo, com a voz do Sinatra, a fase final e o filme inacabado com as cenas na piscina). Belíssima e, me parece, um pouco alta com o seu champanhe de todos os dias. O maior mito feminino da história do cinema. Até hoje não apareceu nenhuma loura que calçasse os seus sapatos.

09/07/2010 Posted by | Uncategorized | 2 Comentários

Uma balada na voz do Frankie.

A voz sai das entranhas – a gravação foi feita no período sombrio do cantor, quando o Frank Sinatra ainda sangrava pela perda do grande amor, a sua eterna Ava Gardner. Uma interpretação sublime.

Está no álbum conceitual “In The Wee Small Hours” (Gravadora Capitol, 1955) – Imperdível, do início ao fim.

09/07/2010 Posted by | Uncategorized | 2 Comentários

As palavras de Charles Chaplin a Albert Einstein.

No encontro dos dois gênios, em 1933, quando Charles Chaplin o recepcionou e o acompanhou em carro aberto pelas ruas de Nova York, apinhadas de gente. Chaplin vira-se para Einstein e diz:

 

Veja só, eles me aplaudem porque todos entendem a minha obra. E a você aplaudem porque ninguém entende a sua.

08/07/2010 Posted by | Uncategorized | | 1 Comentário